INIMIGOS




Segunda versão da animação INIMIGOS sobre preconceito, ódio, polarização e golpes de estado. INIMIGOS é uma história publicada na revista em quadrinhosTupinambah em 2018 e animada em 2024. Esta versão conecta documentos estadunidenses sobre Ernesto Geisel e a declaração do cineasta Glauber Rocha elogiando o general – e hoje sabemos que Geisel autorizou assassinatos ao mesmo tempo que lutou contra a extrema direita para abrir o país. Todos os diálogos do desenho foram reproduções do que ouvi entre 2016/2018, inclusive o “minha bandeira nunca será vermelha” dito a mim por um velho conhecido e o “pão com mortadela” escrito por uma conhecida banida várias vezes do facebook pelo extremismo. Este vídeo é dedicado a meu irmão Cláudio Lopes nascido em 31 de março de 1964.

A revista TUPINAMBAH no COMBATE ROCK

“A revista Tupi Nambah, com textos, desenhos, imagens, quadrinhos e roteiros de autoria de Carlos Lopes, é um sopro de criatividade e resistência em um momento grave da vida político-econômico-social deste Brasil infeliz dominado pelas trevas, pelo retrocesso e pela irrelevância em todos os sentidos. A crítica política e social é ácida e contundente, com forte viés de protesto e de esquerda, passando por uma verdadeira aula de história e de sociologia enfocando a vida brasileira a partir da Segunda Guerra Mundial. A obra cometida por Lopes é de uma importância crucial para entender o momento em que vivemos, sem retoques ou eufemismos.”
Marcelo Moreira, jornalista do Combate Rock.

https://combaterock.blogosfera.uol.com.br/2019/01/25/carlos-lopes-e-a-tupi-nambah-sao-as-vozes-roqueiras-contra-o-atraso/?fbclid=IwAR2WgaBoCnYO_XNHNQb_Y2WaElynoZ8marL8MF9dN5agkjSQkYbPSmx3w3c

Homem das Estrelas

O meu filho e os amiguinhos cantam sem parar essa música em julho de 2024. Eles conheceram Starman através de diversos remixes no Tik Tok. Mostrei o vídeo original da canção para meu filho que conseguiu escutar a música inteira (ele bem que reclama quando a música passa de um minuto…) 1972… A Inglaterra ainda mandava no mundo do rock e o movimento glam era uma resposta ao hippismo. Pílula anticoncepcional, amor livre, drogas eram basicamente a visão estadunidense da contracultura classe média contra o capitalismo e as guerras impostas pelo governo. Os ingleses tinham outra concepção, mais ligada à base, aos operários, à classe baixa que precisava trabalhar mas se divertir. Eram mundos opostos. Para muitos, os anos 70 foram progressivo ou rock pesado. Para mim foram muito Bolan, Bowie, Slade e Sweet. Sou beatlemaníaco, favorito as canções, as melodias. Durante as excursões da Dorsal na segunda metade dos anos 1990, o baixista Alexandre e eu ouvíamos muito Bowie da fase espacial (em 1972, a viagem à Lua ainda era assunto corriqueiro e inspirava um futuro melhor, o que nunca aconteceu. Vide Elon Musk… E poucos se dão conta que o celular e a internet são frutos de guerras) Do Bowie, talentoso, ladino e sagaz, meus favoritos sempre foram Space Oddity, The Man Who Sold the World, Hunky Dory e Ziggy. Curto todas as fases, mas cresci com esses discos. Isso faz toda a diferença.